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Absenteísmo no trabalho: como reduzir na sua empresa

Profissional pensativa no trabalho, representando o impacto do absenteísmo nas empresas

Saiba como identificar, medir e combater o absenteísmo no trabalho com práticas de gestão baseadas em dados.

O que é absenteísmo no trabalho?

O termo absenteísmo refere-se à ausência de colaboradores no ambiente de trabalho, seja por faltas, atrasos ou saídas antecipadas que podem ser justificadas ou não que impactam a produtividade, a operação ou o clima organizacional.
Nesse contexto, entender melhor essa questão é fundamental para gestores e CEOs, porque ele é tanto um sintoma quanto um indicador de problemas estruturais.
O setor de serviços no Brasil registra uma taxa média de cerca de 5% de faltas por dia, podendo variar entre 7% e 10% no varejo. Não existe um consenso sobre essas taxas e como elas deveriam se portar, as é sabido que esse número pode variar de acordo com o porte e segmento da empresa. De forma geral, uma taxa de 4% é considerável um valor aceitável.

Vale destacar que essas ausências repetidas ou em excesso geram efeitos em cascata nas companhias: sobrecarga para os demais colaboradores, horas extras, atraso em entregas e queda na satisfação e no engajamento.

Para CEOs e gestores, especialmente de RH, a questão não é eliminar as ausências, uma vez que isso é impossível, mas reduzir os números para que que deixem de comprometer os resultados da empresa e o bem-estar da equipe.

Quais são as principais causas do absenteísmo no trabalho

Entender as causas é essencial e o principal ponto de partida para qualquer ação estratégica de gestão. Elencamos abaixo os principais fatores que levam ao absenteísmo:

Saúde física e mental

Problemas de saúde são causas frequentes de ausências. No Brasil, um estudo do IESS (Instituto de Estudos de Saúde Suplementar) aponta que beneficiários de planos de saúde com doenças crônicas ou distúrbios do sono/tabagismo têm taxas maiores de absenteísmo.

Além disso, dados das Nações Unidas mostram que afastamentos por motivos de saúde mental cresceram 134% entre 2022 e 2024, com destaque para estresse (28,6%), ansiedade (27,4%) e depressão (25,1%).

Quando a saúde do colaborador está comprometida, o absenteísmo torna-se um sinal de alerta importante para o RH. Por isso inclusive, a NR-1 foi recentemente atualizada, focou na inclusão dos riscos psicossociais (como estresse, assédio e pressão excessiva) no Gerenciamento de Riscos Ocupacionais (GRO) e no Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR).

Condições de trabalho e cultura organizacional

Ambientes de trabalho com liderança tóxica, falta de reconhecimento, comunicação falha ou sobrecarga de demandas favorecem o absenteísmo. Um estudo da FGV apontou que a qualidade da relação líder-liderado influencia diretamente a exaustão, que por sua vez está associada ao absenteísmo.
Outros fatores incluem também ergonomia inadequada, falta de recursos, tarefas repetitivas, jornada excessiva. Todos eles favorecem afastamentos.

Desalinhamento e engajamento

Colaboradores que não se sentem alinhados à cultura da empresa, que não veem plano de carreira ou motivação, tendem a faltar mais. O absenteísmo pode indicar desengajamento e ser o precursor de turnover.

Como gestor de RH ou CEO, esse aspecto mostra que o absenteísmo não é apenas problema de presença, mas de satisfação, fit cultural, valorização e clima interno.

Fatores externos e imprevistos

Há ausências que fogem ao controle direto da empresa e até mesmo do colaborador: emergências familiares, problemas no transporte e consultas médicas, por exemplo. Mesmo que justificadas, uma vez que se tornarem frequentes, geram impacto.

É muito importante identificar padrões: faltas isoladas fazem parte, já repetição ou acúmulo podem ser um sinal de alerta para gestão.

Porque mensurar o absenteísmo é tão importante

Para que as estratégias de controle sejam eficazes, é crucial que o indicador de absenteísmo esteja bem definido, mensurado e compreendido. Mensurar permite:

  • Identificar tendências de ausência, como por exemplo um departamento específico, um turno ou um tipo de função.
  • Relacionar com custos: horas extras, substituições e impacto operacional.
  • Avaliar eficácia de intervenções realizadas, comomudanças na política de jornada, a abordagem da liderança e a flexibilidade).
  • Integrar com indicadores de engajamento, clima organizacional e turnover.

Sem dados, qualquer ação ou medida será no escuro. Para gestores, a métrica de absenteísmo é tão estratégica quanto índices financeiros ou operacionais.

Estratégias eficazes para controle de absenteísmo

Implementar estratégias eficazes para o controle de absenteísmo exige uma gestão integrada entre liderança, cultura e dados. Mais do que monitorar ausências, trata-se de compreender suas causas e agir de forma preventiva, fortalecendo o engajamento, investindo em saúde e bem-estar e criando políticas claras.

Com indicadores consistentes e ações voltadas à valorização das pessoas, é possível transformar o absenteísmo em um termômetro de melhorias contínuas na gestão de equipes.

Diagnóstico e análise de dados

  • Realize um mapeamento das ausências: por setor, cargo, turno, motivo e todos os dados que julgar relevante e que possam segmentar as faltas.
  • Analise padrões: há concentração de faltas em determinados dias? Alguns gestores ou líderes têm equipes com taxas mais altas?
  • Correlacione com outros indicadores: clima, satisfação, avaliações de liderança e turnover.
  • Acompanhe periodicamente e para entender a curva de comportamento desses dados através de ferramentas como a da Evope.

Desenvolvimento de cultura de comprometimento

  • Fortaleça a liderança: líderes que acompanham de perto, dão feedback, se relacionam bem ajudam a reduzir ausências.
  • Reforce valores e propósito: colaboradores que se sentem comprometidos com a missão da empresa têm menos ocorrências de absenteísmo voluntário.
  • Estabeleça reconhecimento sistemático: pequenos sinais de valorização influenciam engajamento e presença.

Foco no bem-estar e saúde integral

  • Implemente programas de saúde física e mental: com a NR-1, esse tema virou obrigatório, mas vale lembrar da importância do cuidado com os colaboradores.
  • Seja o mais flexível possível, dentro da estratégia de negócio da sua empresa.
  • Revise infraestrutura de trabalho, ofereça equipamentos para melhorar a ergonomia, apoie a criação de ambientes seguros e monitore o clima organizacional. Tudo isso impacta diretamente no absenteísmo.

Políticas de jornada, regulamentação e controles

  • Estabeleça políticas claras de faltas, atrasos, saídas antecipadas e faça com que elas sejam comunicadas e bem compreendidas por todos. Não é questão de controlar, mas de organizar.
  • Estabeleça o índice de absenteísmo como KPI para cada departamento, incorporando na agenda de liderança.
  • Combine controle com apoio: por exemplo, se um colaborador tem faltas frequentes, busque, com o apoio do RH, entender o que está ocorrendo: se é uma questão de saúde, um conflito ou uma insatisfação, por exemplo.
  • Incentive a cultura do aviso com antecedência: faltas justificadas trazem menos impacto se previstas e comunicadas.

Menos absenteísmo, mais performance

Para CEOs e gestores que buscam consolidar a presença, o engajamento e a produtividade de suas equipes, tratar o absenteísmo no trabalho como uma métrica estratégica é vital. O absenteísmo não se resume a “faltas que atrapalham” a produtividade em geral. Ele é um indicador de saúde organizacional, de clima, de liderança, de bem-estar e de eficiência operacional.

Além disso, é importante compreender que o absenteísmo pode ser apenas a ponta do iceberg. Em muitos casos, ele sinaliza um esgotamento mais profundo, que pode evoluir para quadros de burnout. Quando colaboradores começam a se afastar com frequência, o problema raramente é apenas físico: há, muitas vezes, uma sobrecarga emocional e cognitiva que precisa ser endereçada. Por isso, acompanhar o absenteísmo de perto é também uma forma de prevenção, permitindo que a empresa atue antes que o estresse crônico se transforme em um colapso de saúde mental e produtividade.

Reduzir o absenteísmo exige disciplina, acompanhamento constante e foco nas pessoas. Mas o retorno se traduz em menos horas perdidas, menor custo de substituição, melhor satisfação, menos turnover e maior performance global. Nesse quesito, nós da Evope podemos te ajudar. Quer saber mais? Agende uma apresentação conosco.

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